O historiador grego Heródoto, escreveu ter existido na Babilônia, um costume muito estranho; toda mulher que nasceu na Suméria era obrigada, pelo menos uma vez em sua vida a ir até o templo da deusa Ishtar e entregar seu corpo a um desconhecido, como símbolo de hospitalidade, e por um preço simbólico.
A influência da deusa espalhou-se por todo o oriente médio até ao mediterrâneo. Também no império romano outra deusa, Vesta, exigia a virgindade ou a entrega total. Para manter o fogo sagrado, mulheres do seu templo se encarregavam de iniciar os jovens e os reis no caminho da sexualidade, cantavam hinos eróticos, entravam em transe, e entregavam seu êxtase ao universo, comunhando com a divindade. Nessa época todo poder feminino, através do sexo se tornava sagrado.
Uma tradução antiga declama em versos;
" Quando estou sentada na porta de uma taverna,
eu, Ishtar, a deusa, sou prostituta, mãe, esposa, divindade.
Sou o que chamam de vida, embora vocês chamem de morte.
Sou o que chamam de lei, embora vocês chamem marginal.
Eu sou o que vocês buscam e aquilo que conseguiram.
Eu sou aquilo que vocês espalharam e agora recolhem meus pedaços."
Hoje em dia, os homens controlam o mundo, as regras mudaram, sob a batuta das religiões e da sociedade criou-se um estigma, o de chamar de prostituta qualquer mulher que ouse retonar a esse poder...
" Eu semeei meus sonhos onde você esta pisando agora;
Pise suavemente, porque você está pisando nos meus sonhos ";
continuam elas a nos responder.
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