sexta-feira, novembro 16, 2012

GRUTA DE CRISTAIS

...Analogia ao feminino por sua natureza intrínseca com o universo; aos cristais que são representações de luz e de energia cósmica usada para harmonização do ser humano ( corpo físico, emocional, mental e espiritual ) potencializando a busca do " não manifesto ao manifesto " como uma promessa de amor.
Ao expandirmos nossa visão começamos a enxergar debaixo da máscara de aparência física. Vemos desejos, temores, anseios e sonhos. Sem dúvidas, todos " ESSES" são partes de uma pessoa, se tivermos olhos para enxergar-los.
- Comecei a observar a energia que cada pessoa emana. Em cada ocasião a disposição física de "carne e osso" da pessoa se tornara praticamente insignificante, avistei mundos dentro de mundos, em todas as pessoas que encontrava e que cada coisa viva é todo o universo...
Como confundir a natureza do amor; os sentimentos que nos faz surfar em desejos ardentes; gozos luminosos nas celebrações do encontro amoroso; delírios e frustrações do corpo, tudo recolhido numa crença contraditória. Como?
Que melhor exemplo, saborear a visão que preenche os sentidos, ao observar toda sensualidade dentro de um simples " pretinho básico " ( analogia ao ego )"
Reconhecer essa magia é demonstrar apreço pela pureza e valorizar toda espontaneidade da energia que nos envolve.
- A Mente sem idade, O Corpo sem fronteiras.
O eterno conflito das relações amorosas se mostra dominada e hesitante, entre o desejo da natureza sensual e amorosa, com a não percepção da informação energética contida em seu próprio campo quântico.
O corpo e a mente pode adormecer, mas a magia estará sempre desperta, pois na " gruta de cristal " esta todo o segredo da imortalidade.
É nesse espaço-tempo, corpo e mente, que a intenção rege no terreno fértil da atenção, uma sinfonia a homenagear a natureza manifesta do amor, para se alcançar o resultado pretendido.
É no poema de Carlos Drumond de Andrade que encontro estas forças abstratas experimentando-se, sejam elas de luz, calor ou de puro magnetismo, são forças que elevam um encontro de amor :

                                    Não quero ser o ultimo a comer-te

                                    Não quero ser o ultimo a comer-te
                                    Se em tempo não ousei, agora é tarde.
                                    Nem sopra a flama antiga nem beber-te
                                    aplacaria sede que não arde.
                                    Em minha boca seca de querer-te,
                                    de desejar-te tanto e sem alarde,
                                    fome que não sofria padecer-te
                                    assim pasto de tantos, e eu covarde
                                   A esperar que limpasses toda a gala
                                   que por teu corpo e alma ainda resvala,
                                   e chegasses intata, renascida,
                                   para travar comigo a luta extrema que fizesse de toda nossa vida
                                   um chamejante, universal poema.

"  Como dois pássaros dourados pousados no mesmo galho, intimamente amigos, o Ego e o Eu, habitam
o mesmo corpo.
O primeiro ingere os frutos doces e azedos da arvore da vida; o segundo tudo vê em seu distanciamento ."
- Mundaka Upanishad

quinta-feira, novembro 01, 2012

A DIVINA SINERGIA UNIVERSAL

O amadurecimento físico e emocional, experiência, intimidade com o (a) parceiro (a), hábitos saudáveis de vida e saúde geral preservada, são indispensáveis para se conseguir êxito no exercício da sexualidade...
A sexualidade, pela moral religiosa, é encarada como um mal necessário, se destina a geração de filhos.
Fantasias e atos sexuais, são considerados pecaminosos, a sexualidade torna-se proscrita nas suas manifestações mais espontâneas. As civilizações ocidental-cristã e oriental-islâmica, herdeiras do Pentateuco, estão impregnadas da ideia do pecado original e do sentimento de culpa.
Códigos de conduta fundamentam a interdição da sexualidade. No entanto, as crenças religiosas e os códigos jurídicos, com peculiaridades e adaptações geográficas, vem assimilando comportamentos sexuais que estabelecem restrições, linhas divisórias entre a amplitude dos desejos individuais e o interesse coletivo, sem o que a sociedade ou civilização ter-se-ia constituído.
Nos dias de hoje, mesmo aos olhos de um observador comum, percebe-se que as religiões cometeram equívocos e continuam quando afirmam ser a sexualidade  a concupiscência humana, expressões de " instintos animais ."
A atividade sexual ultrapassa suas raízes biológicas. Ela é ampla, difusa e gravita na direção do prazer e da satisfação do desejo. Desprovida de freios e inibidores biológicos, a sexualidade é disciplinada - e não completamente- pelas interdições socioculturais.
Atualmente o ser humano tem sido marcado pelo signo do sexo e seus códigos. O êxito na conquista amorosa e do sexo oposto é tema de publicidades, que dele se utiliza para vender de tudo.
O apelo psicológico da sexualidade é evidenciado na sua importância, mental e social, seja de modo positivo ou negativo. O sucesso de audiência das novelas com tramas amorosas e delitos de toda ordem, junta-se a um movimento de cifras bilionárias do segmento de negócios relacionados ao sexo: casas noturnas, pornografia impressa, em vídeo e na internet.
É comum na mídia pareceres "médico-científicos" - a ideia de que o prazer sexual é o instrumento para se obter saúde, equilíbrio emocional e felicidade.
Em contra partida, a observação científica, demonstra o contrário: só as pessoas saudáveis e emocionalmente equilibradas conseguem, de fato, a plenitude da satisfação sexual.
A sexualidade é indissociável da estrutura mental do indivíduo, o pretexto de resgatar as raízes biológicas do sexo, torna-se restrito aos aspectos anatômicos, fisiológicos e ao desempenho mecânico-postural.
Não se ignora que a sexualidade se exerce no campo mensurável do desejo, da fantasia, da ficção e do mito.Ela é o exercício da liberdade. Contudo a psicanálise, por meio de investigações, vem demonstrando estreita associação entre psiquismo e sexualidade, constituindo-se numa estrutura biunívoca que organiza e sustenta a identidade do sujeito...
O tema torna-se infinito, pois a sexualidade extrapola os limites da anatomia e da fisiologia. Ela é o principal polo estruturante da identidade e da personalidade de um indivíduo, e seu desempenho interage com fatores biológicos, psicológico, social e cultural.
Não se aprisiona o prazer sexual dentro de uma " objetividade científica " e nem numa crença religiosa. Ela é ampla ilimitada, mas também é ampla e limitada a satisfação dos parceiros.

" Não acredite em nada. Não importa onde você leu, ou quem disse, mesmo que tenha sido eu, a não ser que isso esteja em concordância com sua própria razão e seu próprio bom senso."  Buda